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MAPA Consulting
Monthly Letter | Agosto 2013
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Entendendo a Gera��o Y na perspectiva deles
  

Nossa newsletter de abril deste ano tratou do tema Gera��o Y, na perspectiva das outras gera��es. Neste m�s voltamos com o tema, mas trazendo a perspectiva de tr�s Millennials, Lucas Minoru Yokota, Carla Camargo e Guilherme Torneiro, jovens de 20 anos, ex-Diretores de Recursos Humanos e Qualidade, Comercial e de Marketing, respectivamente, da ESPM Jr*.

 

Muito se fala da Gera��o Y, mas raramente sob a �tica de jovens pertencentes a ela. Como voc�s caracterizam a gera��o de voc�s e quais s�o as diferen�as em rela��o �s demais?

N�o somos especialistas em gera��o Y, mas percebemos que essas teorias tendem a colocar todo mundo numa peneira s� e esquecem que as pessoas s�o diferentes. Temos uma caracter�stica que acreditamos que esteja mais associada � juventude do que a uma gera��o em particular, que � nunca se contentar ou se conformar com o que � dado. Questionamos e procuramos ir al�m, como qualquer jovem de qualquer gera��o.

No entanto, observamos alguns h�bitos que s�o t�picos da nossa gera��o: viver nas redes sociais, em frente a um computador, estar sempre conectado. Isso realmente � diferente. N�s damos prioridade � conex�o.
Tais caracter�sticas e h�bitos criam um DNA ansioso e imediatista. Tudo � para ontem, temos que estar sempre ocupados com alguma coisa, o �cio � cada vez mais massacrante, tudo se torna mais mon�tono. Cada vez mais ansiamos por novos est�mulos para sentirmos prazer em nossas atividades di�rias. Assistir televis�o apenas, j� n�o � suficiente, enquanto assistimos a um programa, estamos no computador, no tablet e no celular. Esses h�bitos desestimulam atividades que requerem concentra��o e foco, como a leitura, por exemplo.

 

Outra coisa que observamos que est� muito presente na nossa gera��o, � que sonhos s�o confundidos com desejos. Desejo � algo muito ef�mero. Se voc� pensa 'ah meu sonho � entrar na faculdade'; quando voc� entra na faculdade, seu sonho termina. Isso � um desejo e n�o sonho. Ou seja, o conceito de sonho est� t�o flexibilizado que voc� n�o sabe mais o que � sonho e o que � desejo. As pessoas sonham coisas muito simples e ef�meras. Tudo � muito l�quido. Voc� entrou na faculdade e a�? Acabou. Vai ter que buscar outro sonho. Voc� n�o sabe mais aonde quer chegar. Tudo � muito instant�neo, um sonho fastfood. � por isso que podem criar a percep��o de que esta � uma gera��o que n�o sabe o que quer. Talvez as empresas pudessem ajudar os jovens a se conhecerem melhor, para que possam saber exatamente o que querem da vida. A compreens�o de quem voc� � mesmo. Hoje tudo � muito picadinho. As not�cias, a internet, tudo � superficial e a gente acaba ficando superficial tamb�m. Fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Voc� nunca sabe se est� indo � deriva ou no controle da vela.

 

Uma das cr�ticas � gera��o Y � a falta de comprometimento. Essa gera��o � vista como preocupada, fundamentalmente, com qualidade de vida, com pouco engajamento, sem o desejo de permanecer na mesma empresa por 8, 10, 20 anos. Na percep��o de voc�s, isso � mito ou realidade?

Engajamento � muito importante. Uma das nossas preocupa��es na ESPM Jr � criar e manter um ambiente de trabalho agrad�vel, que traga motiva��o, que as pessoas gostem de estar l�. N�s observamos que � com gente comprometida, engajada que se cria esse ambiente. Nesse ambiente de harmonia, de amizade, com pessoas em quem voc� pode confiar, voc� vai mais longe. N�o estou entregando porque ele � meu chefe e, por isso, eu preciso entregar. Aquele cara � meu amigo, eu confio nele, ent�o vou entregar mais. N�o � s� para impression�-lo, mas porque eu quero fazer este lugar melhor. A gente chama esse ambiente de esp�rito Jr - essa vontade que todo mundo tem de crescer, de crescer junto, e crescer por um movimento, por alguma coisa que ir� perdurar por anos e se transformar em um legado para os que vir�o. Se h� falta de comprometimento, em nossa opini�o, � porque falta ambiente prop�cio para isso. Voc� n�o pode motivar ningu�m, mas ambiente voc� pode oferecer. E � isso que a gente busca - um ambiente de trabalho, onde eu possa entender o que estou fazendo, por que estou fazendo, em que eu consigo entender aonde posso chegar e a� a motiva��o aparece e o engajamento aumenta.

Quando voc� fala de qualidade de vida, acreditamos que tem a ver com isso. � voc� estar bem onde voc� trabalha, com quem voc� trabalha. Isso tem a ver tanto com o modelo de gest�o, quanto das atividades que voc� executa. Tudo isso est� atrelado para aumentar o grau de comprometimento. � aquela velha frase: 'Se voc� ama o que faz, voc� nunca vai ter de trabalhar um �nico dia da sua vida'. Essa frase sintetiza muito tudo aquilo que vivemos na Jr e esperamos do lugar onde vamos trabalhar.
Na ESPM Jr temos uma pr�via ut�pica do que vir� no "mundo real" e muitas vezes as pessoas n�o querem que esse tempo passe r�pido, pois � muito prazeroso e proporciona um crescimento significativo. No mercado de trabalho esse cen�rio j� � um pouco diferente, justamente pela caracter�stica ansiosa e imediatista dessa gera��o, citada anteriormente. Os jovens buscam uma r�pida ascens�o e muitas vezes n�o est�o dispostos a percorrer o longo caminho at� alcan�ar a posi��o desejada dentro de uma organiza��o. Al�m disso, a pr�pria din�mica r�pida do mercado de trabalho pode afastar os jovens de querer construir uma carreira dentro de uma empresa. Eu, por exemplo, vejo diversos casos de grandes funcion�rios, com carreiras constru�das atrav�s de anos de dedica��o e esfor�o, sendo demitidos de uma hora para a outra. De certa forma, essa realidade nos assusta, pois ao mesmo tempo em que permanecer na mesma empresa por anos pode ser sin�nimo de estabilidade, ela pode ser de incerteza tamb�m.

 

Voc�s acreditam que se as organiza��es oferecerem a oportunidade de trabalhar naquilo que voc�s gostam, em um ambiente em que as pessoas entendem por que fazem o que fazem e um modelo de gest�o mais inclusiva, elas conquistar�o o n�vel de comprometimento que desejam de voc�s e que tanto criticam como caracter�stica da sua gera��o.

Quando voc� entende porque voc� est� fazendo aquela tarefa e v� valor naquilo, tudo muda. Voc� n�o est� fazendo s� porque � obrigado. � como estudar. Se voc� n�o v� utilidade naquela mat�ria, voc� n�o tem motiva��o. Se voc� v� que aquilo que voc� faz surte efeito na companhia ou nos arredores de onde voc� vive, ou se sua empresa entrega algo de valor para a sociedade, ent�o voc� v� que seu trabalho tem valor tamb�m. Tudo isso gera comprometimento e automotiva��o.

 

Na realidade corporativa nem sempre a gente pode fazer apenas aquilo que gosta. Como n�o existe mundo perfeito, o que voc�s acham que as organiza��es poderiam fazer para aumentar a capacidade de reter os profissionais talentosos e o que voc�s poderiam pensar em flexibilizar para obter esse resultado?

Provavelmente se voc� n�o gosta de alguma coisa, � porque n�o entende por que est� fazendo, ou ent�o aquilo n�o faz mesmo sentido para voc�. Se realmente n�o faz sentido para voc�, saia dessa empresa e v� para outro lugar. Mas se falta informa��o, podemos busc�-la e entender porque aquilo � importante. �s vezes a coisa � chata, mas � importante. � como na faculdade: h� mat�rias que voc� gosta e mat�rias que voc� n�o gosta, mas o curso como um todo faz sentido e motiva. As empresas que promovem o sentido de pertencimento nas pessoas e prezam pelo ambiente de trabalho din�mico e prazeroso, geralmente s�o aquelas que conseguem reter os profissionais qualificados e, al�m disso, fazer com que trabalhem como se fossem os donos do neg�cio. Mesmo que voc� n�o goste de alguma atividade do seu dia a dia, voc� sabe que ela � necess�ria e entende a import�ncia dessa m�nima a��o para o funcionamento da empresa.

 

Qual seria a Organiza��o perfeita para atrair jovens talentosos como voc� e extrair o que voc�s t�m de melhor?

Tentamos fazer na Jr o que acreditamos ser o melhor modelo de gest�o. Um modelo baseado em times, onde cada um est� em uma posi��o porque realmente � o melhor naquilo. Por exemplo, na Jr, o trainee � o melhor trainee, por isso ele est� l�; o consultor � o melhor consultor, por isso ele est� l�. � como um time de futebol. N�o adianta juntar os melhores e colocar em qualquer posi��o, porque n�o vai dar certo. � uma gest�o transparente, que busca o desenvolvimento de cada um. Um time quando cresce junto, joga melhor e desempenha melhor. N�o existe o desejo do sujeito que est� ao meu lado se dar mal para eu me dar bem. Nada disso.

O modelo de lideran�a esperado � aquele que instiga o desenvolvimento. Nunca retardar o crescimento ou segurar o potencial de algu�m. Sempre investir em quem quer crescer, em quem quer ir al�m.

Resumindo, � aquela gest�o que inclui e aloca as pessoas nas melhores posi��es para o seu perfil. Foco no desenvolvimento. Modelo mais colaborativo do que top-down.

 

N�o � a hierarquia que voc�s respeitam e sim a gest�o participativa.

Hierarquia traz consigo o respeito das pessoas, mas apenas no primeiro contato. Quando voc� chega a uma empresa ou conhece algu�m de uma empresa, a primeira impress�o � a do cargo, que carrega o prest�gio, respeito e capacidade da pessoa e justamente por isso as apresenta��es mencionam a fun��o exercida (Roberto - Diretor de Marketing, por exemplo). Por�m, esse respeito s� � mantido atrav�s do que a pessoa consegue transmitir no relacionamento do dia a dia. Ap�s isso, o respeito ou � conquistado ou � imposto. Se for conquistado temos admira��o, vontade de chegar onde a pessoa est�, motiva��o, etc. Se o respeito for imposto, h� a insatisfa��o, questionamento e outros aspectos negativos e prejudiciais ao ambiente de trabalho.

 

Cada gera��o tem um conceito para sucesso. Para as gera��es mais antigas sucesso era entrar em uma empresa e se aposentar nela. Para outras sucesso era chegar rapidamente no topo da pir�mide. Para a sua gera��o, tomando todos os cuidados para n�o caricaturar, o que � sucesso?

N�o h� um consenso, varia muito de pessoa para pessoa. Para alguns amigos, sucesso � fazer um concurso p�blico e passar o resto da vida est�vel, para outros, trabalhar para uma empresa, ganhar know-how e abrir o pr�prio neg�cio. Mas um neg�cio que fa�a a diferen�a para a sociedade. N�o s� para ganhar dinheiro. Para mim, sucesso � fazer alguma coisa que voc� gosta e ao mesmo tempo que contribua socialmente. Mas tamb�m temos amigos que querem abrir seu pr�prio neg�cio s� para ganhar dinheiro. N�o h� um padr�o. Mas sempre � algo relacionado � qualidade de vida. N�o vejo ningu�m que queira viver no trabalho. A ideia do workaholic est� sumindo. O conceito de sucesso est� muito pulverizado. Talvez isso tenha a ver com o individualismo. Cada um tem o seu. N�o h� um enunciado de sucesso gen�rico para todo mundo.

 
Nesse contexto, o nosso sistema de ensino tamb�m contribui para que o sucesso seja visto como individual. A maioria das pessoas pensa e se preocupa apenas consigo mesma, o meu sucesso, a minha carreira, o meu dinheiro. Justamente por isso, a preocupa��o com a sociedade e com o mundo � esquecida, pois isso n�o � passado durante nossa forma��o como pessoa, com raras exce��es. O jovem batalha pelo seu sucesso desde cedo, suas notas, suas conquistas, seu vestibular. Vimos um reflexo disso at� no nosso processo seletivo de trainees para a Jr, no qual tivemos dificuldade em achar pessoas com esp�rito de equipe adequado. Na preocupa��o em se promoverem, em serem melhor que os outros, alguns candidatos com potencial acabaram se precipitando.

 

Neste momento que voc�s est�o entrando no mercado de trabalho como estagi�rios, como voc�s avaliam a conviv�ncia de 4 gera��es trabalhando juntas? Como elas podem trabalhar para que todos saiam ganhando?

Por exemplo, o diretor de RH da empresa que estou estagiando est� l� h� 15 anos, j� fez trabalhos individuais no leste da �frica, � uma pessoa incr�vel, um sujeito que tem a mentalidade alinhada ao modelo que valorizo. Ele � muito humano e muito acess�vel. Acreditamos que para todos trabalharem bem, de forma harmoniosa, as gera��es que j� est�o na empresa n�o precisam se impor para liderar ou ganhar respeito, e da nossa parte n�o ter arrog�ncia, se achar o melhor e que tem que crescer e subir logo; tem que ter humildade, com mente de aprendiz. Voc� trabalha para aprender.

Voc� trabalha para crescer. Tem que ir aberto para entender e aprender com as gera��es anteriores - eles est�o l� para passar conhecimento e viv�ncia para os mais novos. A� � que est� o maior interc�mbio. E n�o esquecer que n�o � a lideran�a pela autoridade formal, mas pela inspira��o que ela traz, que contribui para a sinergia entre as gera��es. Isso muda tudo. Quando eu entrei na Jr e conheci meu Diretor eu pensei 'nossa, eu quero ser igual a ele'. O gestor inspira muito estar aqui e al�m. E a gente quer o respeito das pessoas tamb�m.

 

O que faz um jovem escolher a empresa A ou B?

Flexibilidade, foco no desenvolvimento de pessoas e humaniza��o das rela��es. Valorizar quem est� l� e quem est� entrando, porque acredita na contribui��o de cada um. Aquela que oferece um ambiente favor�vel, que privilegie qualidade de vida e que n�o espere que voc� seja um workalolic para se dar bem. Que n�o estimule a rivalidade. Dinheiro, n�o necessariamente,ser� o must para reter pessoas. E, sim, gostar do lugar em que trabalha, admirar a gest�o, se sentir reconhecido e respeitado, ter um cara l� dentro que te inspira.

 

Como t�picos jovens millennials, se voc� quiser convid�-los para fazer parte de sua rede no LinkedIn ou Facebook, eles ir�o adorar.

 

Por fim, se voc� quiser se divertir um pouco, acesse o link abaixo e responda 14 quest�es que te dir�o qu�o Y voc� �.

http://www.pewresearch.org/quiz/how-millennial-are-you/

 

 

At� a pr�xima! 

 

*ESPM Jr
Empresa Junior da Escola Superior de Propaganda e Marketing
S�o Paulo - Brasil

As empresas juniores s�o constitu�das pela uni�o de alunos matriculados em cursos de gradua��o em institui��es de ensino superior, com o intuito de realizar projetos e servi�os que contribuam para o desenvolvimento do pa�s e de formar profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.


O objetivo primeiro das empresas juniores � desenvolver pessoal e profissionalmente os seus membros por meio da viv�ncia empresarial, realizando projetos e servi�os na �rea de atua��o dos cursos de gradua��o aos quais a empresa j�nior for vinculada. A primeira Empresa J�nior surgiu na ESSEC (L'Ecole Sup�rieure des Sciences Economiques et Commerciales de Paris) no ano de 1967, Fran�a.

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Nossa miss�o

Desenhar e facilitar programas de treinamento direcionados para o desenvolvimento gerencial e efetividade do desempenho.

  

Somos motivados e apaixonados pelo desenvolvimento de pessoas, oferecendo a elas oportunidades de reflex�o e ajudando-as a elaborar caminhos poss�veis.

 


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