Esta semana comemoramos o Dia Internacional da Justiça Social, que nos dá uma oportunidade de refletir sobre a realidade em que vivemos e nosso lugar dentro dela. Uma das tensões mais proeminentes no judaísmo na era pós-moderna é a tensão entre a comunidade (o coletivo) e o indivíduo.
O judaísmo enfatiza a importância da sociedade para o homem: "E o Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma companheira que lhe corresponda" (Gênesis 2:18). Já desde a criação do homem, há um aviso de que não é bom que o homem esteja sozinho. Hillel também abordou a questão ao dizer: "Não se separe da comunidade" (Avot 2:4).
Na sociedade pós-moderna em que vivemos, destaca-se o domínio do individualismo como um valor superior. Hillel volta e busca resolver a tensão criada pelo individualismo quando ensina nos capítulos de Avot 1:14: "Ele costumava dizer: Se eu não for por mim, quem será por mim? Mas se eu for só por mim, o que sou eu? E se não agora, quando?". Muitos tendem a esquecer a segunda linha da Mishná: "Mas se eu for só por mim, o que sou eu?". Na minha opinião, esta é uma decisão clara no judaísmo. Em relação ou preocupação com o outro, o 'eu' se torna completo.
Em honra ao Dia Internacional da Justiça Social, optamos por criar uma página de estudo com textos das fontes e obras de pensadores modernos, a fim de oferecer uma visão Masorti/Conservadora da responsabilidade do indivíduo para com o outro ou os vulneráveis na sociedade.
Um agradecimento especial ao Rabino Guido Cohen de nosso movimento, que escreveu um texto dedicado para nossa página de estudos.
Bênçãos por tempos melhores e boas notícias, e orações pela libertação de todos os reféns.
Rabino Mauricio Balter
Diretor Executivo do Masorti Olami e do MERCAZ Olami
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